O Milagre no Rio Jordão

Neste domingo, dia 21/11 estudamos na igreja o capítulo 3 do livro de Josué. O capítulo 3 relata a passagem de Israel o povo de Deus pelo Rio Jordão.
Em resumo, o texto diz que Israel estava preparado para entrar e tomar posse da terra de Canaã, a terra que Deus havia prometido a Abraão. O povo estava em Sitim, uma região fora de Canaã. A divisão entre Sitim e Canaã se dava por meio do Rio Jordão. Para o povo entrar em Canaã, primeiramente tinha que passar pelo Jordão. Esse era o grande problema! Provavelmente o povo não sabia nadar, pois, haviam passado quarenta anos no deserto, além disso, o povo não tinha embarcações. O texto diz que Deus fez as águas do rio pararem para que o povo pudesse passar. A grande pergunta que nós devemos fazer diante desse relato é: qual é o propósito desse milagre? O que Deus quis ensinar ao povo?

Estudando o texto, vamos perceber que Deus tinha três razões principais ao realizar o milagre.

1) Para engrandecer a liderança de Josué (3.7)
O texto diz: "Hoje, começarei a engrandecer-te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que, como fui com Moisés, assim serei contigo."
Essa nova geração não tinha visto as pragas no Egito e nem tinha visto o Mar Vermelho se abrir, por isso, Deus vai abrir o Rio Jordão da mesma forma como fez com Moisés. A liderança de Moisés foi confirmada mediante os sinais, os milagres que Deus realizou por meio de Moisés, asism, Deus seria com Josué. O povo precisava presenciar tais milagres para que a liderança de Josué fosse confirmada diante de Isarel. Apartir desse momento, o povo saberia que definitivamente Deus estaria com Josué. Pois, era Deus quem estava escolhendo Josué.

2) Para aumentar a fé do povo (3.10)
O texto diz: "Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós e que de todo lançará de diante de vós os cananeus, os heteus, os haveus, os ferezeus, os girgaseus, os amorreus e os jebuseus."
O povo, apesar de estar preparado para entrar e tomar a terra, pois tinham um bom relatório dos espias, com certeza tinham tambem um certo temor. Pois, os povos que habitavam aquela terra apesar de estarem com medo, também estavam se preparando para defenderem suas propriedades.
No entanto, Deus lançaria fora os povos, guerrearia por Israel. Com isso, o povo ficou animado, esperançoso.

3) Para que as nações soubessem que o Deus de Israel é o único Deus verdadeiro (4.23-24)
O texto diz: "Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do SENHOR é forte, a fim que  temais ao SENHOR, vosso Deus, todos os dias."
Aqui nós temos um dos versículos mais missionários do Antigo Testamento.
No Antigo Testamento, missões não eram feitas como nós fazemos hoje. A missão era feita também através das guerras. Quando Israel ganhava em batalha uma nação, o Deus de Israel era exaltado, adorado, reconhecido, isso era missões.
Naquele contexto as nações saberiam que Deus é Todo-Poderoso, pois abriu o Rio Jordão e conduziu Israel pelo meio do rio sem que o povo morresse afogado.

Ao analisar o texto, vamos perceber que estas foram as razões principais para que Deus abrisse o as águas do Rio Jordão.
Porém, analisando mais o texto, nós também vamos perceber que para Deus realizar o milagre eram necessárias duas coisas. Isto se aplica a nós também.
1) Povo deveria se santificar (3.5)
O texto diz: "Santificai-vos porque amanhã o SENHOR fará maravilhas no meio de vós."
Para que o povo desfrutasse do milagre de Deus, era preciso que o povo buscasse a santificação. Aqui nós aprendemos que Deus opera maravilhas e milagres quando:
A. Vivemos uma vida de santidade.
O Novo Testamento ensina que sem santidade, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14)
Se queremos ver os milagres de Deus em nossas vidas, precisamos viver uma vida santa. A santidade nos mantém próximos de Deus. Deus não aceita o pecado, a impureza. Quando nos colocamos diante de Deus em oração diária, estudo da Palavra, devocional diário, comunhão com os irmãos, envolvimento na Obra de Deus, quando reconhecemos os nossos erros e pedimos perdão, então Deus operará grandemente em nós e por nós.
B. Quando reconhecemos a nossa incapacidade.
O povo não era capaz de sozinho passar pelo Jordão, e muito menos de derrotar os inimigos. Mas, se o povo confiasse no poder de Deus e buscasse a Sua ajuda, então a vitória era certa. Na vida diária nós enfrentamos muitos problemas em várias áreas, familiares, financeiras, relacionais, profissionais, conjugais e lutar espirituais, mas se buscarmos em Deus a força, a capacidade para resolver os problemas, para vencer os nosso inimigos, Deus nos dará a vitória.
2) O povo deveria confiar na presença de Deus (3.11)
A arca da aliança era a prova visível de que Deus se fazia presente no meio do seu povo. Israel precisava confiar que não estava sozinho.
Hoje, nós não precisamos mais da arca da aliança, pois Deus habita no seu povo e no meio do seu povo através do Espírito Santo. Paulo na sua carta aos Coríntios diz que nós somos o templo do Espírito Santo (1Cor 6.19).
No mundo não estamos desamparados, pois Deus prometeu estar conosco todos os dias.
Amados, se as lutas são grandes e os inimigos nos rodeiam, saibam que Deus pode fazer um grande milagre, operar grandes maravilhar por nós. Mas, saibam que Deus vai agir quando reconhecermos a nossa fragilidade, a nossa insignificancia, a nossa incapacidade e dependermos totalmente dEle. Ele vai agir quando desejarmos ter uma vida de santidade aos seus pés.
Este foi um resumo do estudo bíblico dado hoje na E.B.D.

Que Deus nos abençoe!
Pr. Francisco Emanuel

Raabe - uma prova do amor de Deus

Escola Bíblica Dominical - Estudos no Livro de Josué

Queridos, no domingo estou estudando com a igreja o Antigo Testamento. Começamos em Gênesis e agora estamos no início do livro de Josué. Neste domingo dia 14 de Novembro estudamos o capíluto 2 de Josué a história de Raabe. Quero compartilhar em resumo o que foi estudado.
Primeiramente, faremos um esboço do capíluto 2, e a medida que formos dividindo o capítulo, faremos a explanação sobre as partes divididas. No final aprenderemos algumas lições práticas para a nossa realidade.

Esboço:

Verso 1 - Josué envia dois espias a terra de Canaã e a Jericó.
O texto diz que de Sitim Josué enviou os espias. Se nós olharmos Nm 25.1-4, vamos perceber que a região de Sitim não trazia boas lembranças ao povo de Israel, pois foi ali que o próprio povo caiu em prostituição, na sua primeira passagem por Sitim. No entanto, agora a situação era diferente, o povo estava ali se preparando para entrar e tomar posse de Canaã. O texto ainda diz que Josué enviou os espias secretamente. Era uma missão secreta não só do povo de Canaã, como do povo de Israel. A pergunta é porque Josué escondeu de Israel essa missão? Bem, devemos nos lembrar que nos primeiro relatório quando Moisés enviou os espias a Canaã e inclusive Josué era um dos espias, o relatótio foi negativo, desfavorável, com isso o povo ficou triste, desmotivado para entrar na terra. Sabendo disso, Josué mandou os espias secretamente, caso o relatório fosse negativo o povo não ia ficar sabendo, portanto, não ficaria desmotivado. O texto ainda diz que os espias chegando em Jericó se hospedaram na casa de uma mulher chamada Raabe. Provavelmente procuraram a casa de Raabe por ela ter a fama de hospedar estranhos por conta de sua vida ilícita. Raabe era uma cananéia, natural daquela região de Canaã. Aquele região recebeu o nome de Canaã, provavelmente porque os seus habitantes eram descendentes de Canaã, filho de Cam, este filho de Noé.
Versos 2-3. O rei de Jericó fica sabendo que os espias estão na casa de Raabe.
A terra de Canaã era governada não por um único monarca, o governo era dividido em Cidades-Estado, ou seja, cada cidade tinha o seu rei. O rei de Jericó manda buscar os espias, pois, eles seriam julgados e condenados a morte por espionagem. Raabe esconde a verdade dizendo que não os conhecia e que eles não se encontravam em sua casa. Na verdade ela os havia escondido no eirado da casa, no telhado. Naquele época e naquela região as casas tinham lajes, e não telhados como nós conhecemos. Nessas lajes dava para morar, hospedar alguém, etc. No verso 15 diz que Raabe morava no muro da cidade. Mas como alguém pode morar em cima de um muro? Naquela época e, nesse caso a cidade de Jericó, tinha dois muros, o primeiro tinha dois metros e o segundo tinha três metros e meio de largura. Raabe morava em cima desses muros.
Versos 8-11. Raabe reconhece a soberânia de Deus
Raabe tinha a certeza que Israel iria destruir a cidade, que Deus era com Israel e que todos os que se opusessem ao poder de Deus seriam destruídos. Sabendo disso, ela reconhece que somente o Deus de Israel, o Deus verdadeiro, podia livrá-la do julgamento divino sobre aquela cidade. Ela faz uma restrospectiva do que Deus fizera ao longo da história de Israel.
Versos 12-13. Raabe intercede pela própria vida e a vida de sua família.
Raabe apela para a misericórdia. Os espias aceitam o seu apelo com uma condição, a menos que ela não os entregassem as autoridades de Jericó. Os espias pedem para que Raabe coloque na janela o cordão de fio de escarlata, e no momento em que o exécito de Israel entrasse na cidade para destruí-la Raabe e sua família seriam salvas. Este ato nos faz lembrar de Êxodo capítulo 12 quando Deus instrui o povo a matar o cordeiro e o seu sangue deveria ser colocado nos umbrais das portas, para que o anjo da morte não ferisse aquela casa. A intecessão de Raabe pela família também nos faz lembrar do carceriro de Filipos "Crê no Senhor Jesus e será salvo tu e tua casa." (At 16:31).
Versos 14-24. Os espias voltam em paz e prestam um bom relatório a Josué.
Diferentemente do primeiro relatório que tinha sido negativo, este último era animador. O povo da cidade estava com tanto medo que desmaiavam pelas ruas só de saberem que Israel estava chegando para destruir a cidade. O medo e o pavor tomaram conta daquela cidade. Além disso, Raabe estava do lado deles, uma ótima informante. Estava tudo preparado para a vitória.
Em resumo, o capítulo 2 de Josué conta a história de Raabe uma mulher de fé, que arriscou a própria  vida para proteger o povo de Deus e por isso foi grandemente abeçoada por Deus. Que reconheceu o Deus de Israel como o único Deus capaz de conceder a salvação.
No entanto, a pergunta agora é o que nós podemos aprender com a história de Raabe, quais são as lições práticas que podemos tirar?
Penso que duas lições principais podem ser aprendidas:
1) A Salvação de Deus é dirigida a toda e qualquer pessoa independentemente de sua condição.
A) Raabe era uma mulher com uma vida repudiada pela sociedade.
B) Jesus andou e conversou com pessoas que eram consideradas imundas.
C) Jesus nos ensina a olhar as pessoas com os olhos missionários (Lc 5.31-32. 19:10)

2) Aquele que abençoa o servo de Deus, será abençoado por Deus.
A) Raabe escondeu os espias, por isso, foi salva da morte.
B) Balão no A.T é um exemplo clássico. Ele tentou amaldiçoar o povo de Deus, por isso, foi morto.
C) A Bílbia nos ensina que todos os que abençoarem o povo de Deus serão abençoados. (Gn 12:3. Mc 9:41).
D) Raabe é lembrado no N.T como uma mulher de fé (Hb 11:31. Tg 2:25)
E) Raabe se tornou parente de Davi e uma ascendente do Senhor Jesus (Mt 1:5).
Meus queridos, este foi o resumo do que aprendemos hoje na igreja pela manhã.
Que Deus nos abençoe!
Pr. Francisco Emanuel

Curiosidades... para descontrair!
1) Com Raabe e os espias nós temos o primeiro "rapel" da história. Eles desceram por uma corda, ou seja, escalaram o muro de Jericó.
2) Com Raabe se deu inicio à expressão "salvo por um fio"! Diga se de passagem, um fio de escarlate.

Informações sobre o Pastor Francisco Emanuel

Eu sou o pastor Francisco Emanuel nascido no Maranhão, mas de família cearense.
Sou pastor batista ordenado ao ministério pastoral pela Ordem dos Pastores Batistas do Brasil vinculado a Convenção Batista Brasileira.
Sou Licenciado em Teologia com Ênfase em Missões Pioneiras e Bacharel em Teologia com Ênfase em Missões Transculturais pelo Seminário Palavra da Vida.
Atualmente estou concluindo a minha terceira graduação. Bacharel em Teologia pela Faculdade Teologica Sul Americana, Londrina-Paraná. Sendo este curso reconhecido pelo MEC.
Trabalho atualmente na cidade de Vianópolis-Goiás com implantação de uma igreja em parceria com a Terceira Igreja Batista de Anápolis, a Associação Centro Norte Goiano e a Convenção Batista Goiana.
Também realizo um programa na rádio local nas manhãs de terça-feira.
Minha esposa Isabelle, nascida em Campinas-São Paulo, é pedagoga e psicopedagoga pela UEG. É influente no inglês, sendo professora do mesmo.
Estamos no minitério por entendermos que Deus nos chamou para a sua Obra.